Friedman, autor de livros como "The World Is Flat" (2005) e "Hot, Flat, and Crowded" (2008) e colunista no "New York Times", tem escrito sobre a maré negra no Golfo do México e a política energética da administração Obama.
Este escritor compara a maré negra, não ao Katrina - porque considera que Obama e a sua equipa têm coordenado bem as operações de limpeza, ao contrário do que aconteceu na era Bush com o furacão em Nova Orleães - , mas ao 11 de Setembro do Ambiente. Isto porque, diz, o 11 de Setembro de 2001 representou um daqueles raros momentos que conseguem criar a possibilidade para um país realizar algo de verdadeiramente importante e duradouro e que é demasiado difícil de conseguir em tempos normais. No entender de Friedman, Bush não o conseguiu com o 9/11; Obama parece não o estar a conseguir com esta maré negra. Seria uma oportunidade para reformar a política energética, reduzindo a dependência dos combustíveis fósseis como o petróleo. A 5 de Maio, Friedman escrevia no NYT que a resposta a esta maré negra poderá bem tornar-se no mais importante teste à liderança da presidência Obama. Por enquanto, diz o escritor, Obama está a sair-se bem a "perseguir" os líderes das empresas envolvidas no derrame mas não oferece nenhuma grande estratégia para acabar com a dependência norte-americana do petróleo. A prova é o seu apoio "tépido" à lei climática Kerry/Lieberman/Graham.
E cita um analista do sector energético, David Rothkopf: "sometimes a problem reaches a point of acuity where there are just two choices left: bold action or permanent crisis. This is such a moment for our energy system and environment".
Por isso, sr. Obama, não diga aos americanos que o seu papel é apenas odiar a BP ou fazer compras no Mississipi; talvez o país esteja à espera do tiro de partida para uma nova era energética e de liderança ambiental norte-americana.
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Há 4 anos
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