Para Tom Bower, autor de "The Squeeze: Oil, Money and Greed in the 21th Century" e comentador no jornal "The Guardian", foi John Browne, o antecessor do actual director-executivo da BP (Tony Hayward, no cargo desde 2007), quem abriu a porta para a maré negra no Golfo do México. Era conhecido por "Sun King". Este conseguiu, na década de 90, transformar uma empresa moribunda na segunda maior petrolífera do mundo.
De facto, entre 2004 e 2006, a BP descuidou a manutenção das suas plataformas (para reduzir custos), o que acabou por causar um derrame no Alasca, uma explosão numa das refinarias no Texas (morreram 15 pessoas) e um acidente na plataforma Thunder Horse no Golfo do México.
Agora, Hayward tem pela frente um fardo pesado, feito do "desespero" dos políticos em Washington em salvar a pele, dos advogados que batalham por indemnizações e da ira dos cidadãos que querem vingança. E Hayward parece estar a mover-se a passo de caracol. "Restoring the corporation in the current crisis needs a superman. Hayward does not fit the description", diz Bower.
Ainda assim, a BP parece ter sobrevivência garantida. "The insatiable demand for oil practically ensures its survival".
"Oil is a risky business", lembra.
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