terça-feira, 14 de julho de 2009

Comunidade, a escala que importa

Quantas vezes nos questionamos se o nosso esforço individual conta para salvar o planeta. Os pequenos gestos, como fechar a torneira quando lavamos os dentes, será que fazem mesmo a diferença? A escala individual sabe a pouco; a escala global faz-nos sentir demasiado insignificantes.
O segredo, como sempre, pode estar a meio do caminho. A escala da comunidade faz sentido. Os comportamentos do grupo podem ter mais significado; mas não nos sentimos pequenos, impotentes. Controlamos o processo e participamos activamente. Criam-se laços sociais entre aqueles que vivem perto. Surge um sentimento de pertença e uma valorização da intervenção dos cidadãos na esfera política, num esforço democrático.
O combate aos problemas ambientais pode passar pelo reforço desta escala comunitária. No mundo surgem movimentos que já o descobriram e estão a experimentar. O Movimento de Transição já chegou a várias cidades norte-americanas e europeias. Trata-se de juntar comunidades que querem reduzir a dependência do petróleo e lutar contra as alterações climáticas. Apercebi-me deste movimento ao ler um artigo da revista "Orion" (edição de Julho/Agosto 2009). Vou ler mais coisas para ver se me inspiro...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Terrenos de ninguém em Londres podem ser campos agrícolas

Os terrenos de ninguém, por falta de construção devido à crise económica, na cidade de Londres poderão vir a ser aproveitados para plantar hortas, diz o "The Guardian". Ora aí está aquilo a que chamo de bela ideia!

Uma varandinha, uma horta, uma refeição

Descobri este Blog inspirador sobre a aventura de Callum Saunders na sua varanda. O desafio deste londrino é plantar uma horta em vasos e conseguir tirar dela, pelo menos, o que chegue para uma refeição.

A fragilidade climática de L'Aquila

Por mais voltas que dê não consigo dizer se fiquei satisfeita com a cimeira do G8 em L'Aquila. Por um lado sei que devo ficar contente pelos países do G8 e do MEF (Fórum das Grandes Economias) terem reconhecido o limiar dos 2ºC, aumento de temperatura acima do qual o planeta resvala para o perigo. Já não era sem tempo. Mas por outro, ninguém conseguiu convencer os países em desenvolvimento a comprometerem-se com reduções concretas das suas emissões. Nomeadamente, 50% até 2050.
Afinal, o que significa este desfecho para a ronda negocial para o pós-Quioto? 2050 é meta com que nos contentemos? Será realista apontar para reduções de emissões na ordem dos 80%, quando nem sequer conseguimos consenso para 2020?
Por mais que leia, não consigo uma resposta que me satisfaça. Faltam 150 dias para Copenhaga. Pode ser que até lá a coisa se esclareça. A bem de todos.