sexta-feira, 10 de julho de 2009

A fragilidade climática de L'Aquila

Por mais voltas que dê não consigo dizer se fiquei satisfeita com a cimeira do G8 em L'Aquila. Por um lado sei que devo ficar contente pelos países do G8 e do MEF (Fórum das Grandes Economias) terem reconhecido o limiar dos 2ºC, aumento de temperatura acima do qual o planeta resvala para o perigo. Já não era sem tempo. Mas por outro, ninguém conseguiu convencer os países em desenvolvimento a comprometerem-se com reduções concretas das suas emissões. Nomeadamente, 50% até 2050.
Afinal, o que significa este desfecho para a ronda negocial para o pós-Quioto? 2050 é meta com que nos contentemos? Será realista apontar para reduções de emissões na ordem dos 80%, quando nem sequer conseguimos consenso para 2020?
Por mais que leia, não consigo uma resposta que me satisfaça. Faltam 150 dias para Copenhaga. Pode ser que até lá a coisa se esclareça. A bem de todos.

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