O mito dos alimentos biológicos

Estou tentada a declarar como uma verdade pessoal (para mim) que o preço dos alimentos biológicos não é tão superior em relação aos alimentos "tradicionais" que nos leve a votá-los aos ostracismo. Pelo menos era o que tinha feito, depois de uma incursão ao mercadinho do Principe Real, aos sábados de manhã. Gostei imenso, gostava que todos lá fossem, mas era para ir só de vez em quando. Não para as "compras do mês".
A primeira vez que fui à Miosotis, uma espécie de mini-mercado biológico em Lisboa, perto do Campo Pequeno, dei por mim a olhar fixamente para preços de alfaces, cenouras, batatas e cebolas. O mito dos preços elevados dominava. Mas reparei que estes até nem eram superiores aos praticados nas grandes superfícies. Além disso, ali dentro havia vegetais com terra ainda agarrada às raízes e fruta com cheiro a fruta, vinda das redondezas. Primeiro fui cuidadosa para a carteira e trouxe uma ou outra coisa. Hoje, depois de várias "visitas", trago batatas, cenouras, courgettes, cebolas, alhos, cogumelos, maçãs, etc. Acho que vale a pena darmos uma segunda oportunidade a bens alimentares rotulados de "caros".